
Todo mundo ao dia seja ao acordar, durante o dia, a noite ou até mesmo na hora de ir dormir, sempre está ouvindo aquela música que gosta ou aquela playlist preferida! A música está presente na nossa vida desde sempre em qualquer momento em qualquer cultura humana e sempre associada às emoções. Nos sentimos alegres, tristes, com raiva, ansiosas, calmas, etc. Cada um tem uma reação emocional ao ouvir determinada música.
"...nosso amor pela música reflete uma habilidade ancestral de nossos cérebros em transmitir e receber sons emocionais básicos biologicamente relevantes e de efetuar...movimentos rítmicos de nosso aparato motor instintivo/emocional evoluídos para indicar certos estados que possam promover ou prejudicar nosso bem estar" (Panksepp e Bernatzky)
A música é o comportamento que mais envolve áreas cerebrais distintas, incluindo as áreas linguísticas no hemisfério esquerdo e áreas visuo-espaciais e motoras em ambos os hemisférios. Cognitivamente tem seus efeitos terapêuticos na melhora da produção verbal em pacientes afásicos, na melhora da qualidade de vida, da depressão e da ansiedade em pacientes com demência, na comunicação em crianças autistas, na melhora da função motora após acidente vascular cerebral, já foram confirmados melhoras significativas em pacientes com Parkinson, devido ao poder emocioanal-afetivo da música.
Assim como fala acima a música ativa as emoções seja positivas como negativas.
Emoções musicais negativas ativam o giro parahipocampal e a amígdala e estão associados a liberação de noradrenalina e a correlatos neurofisiológicos do comportamento de fuga ou medo.
Emoções positivas: ativam áreas cerebrais envolvidas no comportamento de recompensa/prazer, sistema mesolímbico e mesocortical com mediação dopaminérgica, como a área tegmental ventral e o córtex orbitofrontal.
A audição de música relaxante/prazerosa incrementa a recuperação das funções respiratórias e cardiovasculares e diminui o nível de cortisol após o estresse, reduz a ansiedade, a depressão e possui efeitos analgésicos.
A música é uma grande ferramenta terapêutica de baixo custo e baixo risco, com efeitos positivos significativos na própria plasticidade cerebral na atenção, no processo semântico, na memória, nas funções motoras e nas emoções.
A música pode e deve ser usada tanto em casos clínicos de lesões cerebais e doenças degenerativas, como em intervenções sobre transtornos do comportamento e emocionais, e finalmente em intervenções psicopedagógica.
É ISSO AÍ, VAMOS TODOS OUVIR MÚSICA!!!
Fonte: Andrade, P.E, Konkiewitz, E.C. (2011). Fundamentos neurobiológicos da música e suas implicações para a saúde. Revista Neurociências, 7 (3). (pp.171).
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