domingo, 18 de dezembro de 2011

Autismo

Segundo Kanner em 1943 existe um consenso em torno do entendimento de que o que caracteriza o autismo são aspectos observáveis que indicam déficits na comunicação e na interação social, além de comportamentos repetitivos e áreas restritas de interesse. Essas características estão presentes antes dos 3 anos de idade, e atingem 0,6% da população, sendo quatro vezes mais comuns em meninos do que em meninas.

Para o tratamento podemos pensar:

  • A gravidade do autismo oscila bastante, porque as causas, não sendo as mesmas, podem produzir significativas diferenças individuais no quadro clínico. Desta forma, o tratamento e o prognóstico variam de caso a caso.

  • Os indivíduos com autismo têm uma expectativa de longevidade normal. 

  • O transtorno autista é permanente, até o presente momento, não tem cura.

  • O diagnóstico precoce do autismo permite a indicação antecipada de tratamento.

  • Um tratamento adequado é baseado na consideração das co-morbidades para a realização de atendimento apropriado em função das características particulares do indivíduo.

  1. A terapêutica pressupõe uma equipe multi- e interdisciplinar – tratamento médico (pediatria, neurologia, psiquiatria e odontologia) e tratamento não-médico (psicologia, fonoaudiologia, pedagogia, terapia ocupacional, fisioterapia e orientação familiar), profissionalizante e inclusão social, uma vez que a intervenção apropriada resulta em considerável melhora no prognóstico.
  2. A base da terapêutica presume o envolvimento da família.
  3. A farmacoterapia continua sendo componente importante em um programa de tratamento, porém nem todos indivíduos necessitarão utilizar medicamento.
  4. Não existe medicação e nem tratamento específicos para o transtorno autista.
  5. O sucesso do tratamento depende exclusivamente do empenho e qualificação dos profissionais que se dedicam ao atendimento destes indivíduos.
  6. A demora no processo de diagnóstico e aceitação é prejudicial ao tratamento, uma vez que a identificação precoce deste transtorno global do desenvolvimento permite um encaminhamento adequado e influencia significativamente na evolução da criança.
  7. Os atendimentos precoces e intensivos podem fazer uma diferença importante no prognóstico do autismo.
  8. O quadro de autismo não é estático, alguns sintomas modificam-se, outros podem amenizar-se e vir a desaparecer, porém outras características poderão surgir com a evolução do indivíduo. Portanto se aconselham avaliações sistemáticas e periódicas.
  9. É fundamental o investimento no SER HUMANO com autismo, toda a intervenção produzirá benefícios significativos e duradouros.
  10. Nunca deixe de acreditar no potencial do indivíduo com autismo.
 Os métodos de intervenção mais conhecidos e mais utilizados para promover o desenvolvido da pessoa com autismo e que possuem comprovação científica de eficácia são:

  • TEACCH (Treatment and Education of Autistic and Related Communication Handcapped Children) é um programa estruturado que combina diferentes materiais visuais para organizar o ambiente físico através de rotinas e sistemas de trabalho, de forma a tornar o ambiente mais compreensível, esse método visa a independência e ao aprendizado.

  • PECS (Picture Exchange Communication System) é um método que se utiliza figuras e adesivos para facilitar  a comunicação e compreensão ao estabelecer uma associação entre a atividade/símbolo .

  • ABA (Applied Behavior Analysis) ou seja, analise comportamental aplicada que se embasa na aplicação dos princípios fundamentais da teoria do aprendizado baseado no condicionamento operante e reforçadores para incrementar comportamentos socialmente significativos, reduzir comportamentos indesejáveis  e desenvolver habilidades.

  • Medicações: O uso medicamento deve ser prescrito pelo médico, e é indicado quando existe alguma comorbidade neurológica e/ou psiquiátrica e quando os sintomas interferem no cotidiano.Mas vale ressaltar que até o momento  não existe uma medicação específica para o tratamento de autismo. É importante o médico informar sobre o que se espera da medicação, qual o prazo esperado para que se perceba os efeitos, bem como os possíveis efeitos colaterais.
Existem diversas escalas de avaliações de autismo segue abaixo algumas delas:

ADI-R
ADI-R é a sigla para Autism Diagnostic Interview-Revised ou Entrevista Diagnóstica para o Autismo Revisada. Trata-se de uma entrevista diagnóstica semi-estruturada concebida para ser aplicada no principal cuidador da criança com hipótese de transtorno global do desenvolvimento (TGD). Tem o objetivo de fornecer uma avaliação ao longo da vida de uma série de comportamentos relevantes para o diagnóstico diferencial de TGD em indivíduos a partir dos 5 anos até o início da idade adulta e com idade mental a partir dos 2 anos de idade. A ADI-R é composta por cinco seções: perguntas introdutórias; questões sobre comunicação (inicial e atual); sobre desenvolvimento social e o brincar (novamente inicial e atual); investigação sobre comportamentos repetitivos e restritos (todos pontuados, tanto para os atuais como para os que sempre aconteceram), e um número reduzido de questões relativas a problemas de comportamento em geral.

CARS
CARS é a sigla para Childhood Autism Rating Scale ou Escala de Avaliação do Autismo na Infância. Trata-se de uma escala com 15 itens que auxiliam o diagnóstico e identificação de crianças com autismo, além de ser sensível na distinção entre o autismo e outros atrasos no desenvolvimento. A sua importância é baseada na capacidade de diferenciar o grau de comprometimento do autismo entre leve, moderado e severo

ABC OU ICA
O Autism Behavior Checklist (ABC) é uma lista contendo 57 comportamentos atípicos (Krug et al., 1980). No Brasil, a lista foi traduzida, adaptada e pré-validada com o nome de Inventário de Comportamentos Autísticos (ICA) (Marteleto & Pedromônico, 2005). A lista foi concebida para a triagem inicial de crianças suspeitas de ter TGD e foi padronizado, por meio das observações dos professores das crianças. Alguns estudos utilizaram o questionário em forma de entrevista com os pais e cuidadores. O objetivo do ABC/ICA é ajudar no diagnóstico diferencial das crianças suspeitas de ter TGD e encaminhá-las a tratamentos interventivos adequados.

ASQ OU SCQ
O Social Communication Questionnaire (SCQ) ou Questionário de Comunicação Social, anteriormente chamado de Autism Screening Questionnaire (ASQ) ou Questionário de Rastreio do Autismo, foi desenvolvido por Rutter e Lord, é uma seleção de 40 perguntas respondidas pela principal cuidador de crianças a partir de 4 anos

Entre outros mais escalas de avaliações, que podem ser melhor lidas no seguinte site: http://www.ama.org.br/site/pt/escalas.html

Qual a probabilidade de ter autista na família:

Os estudos genéticos indicam um elevado risco de recorrência do transtorno autismo na mesma família de 2% a 13,8%, o qual chega a ser 200 vezes superior ao risco da população em geral.
De acordo com estudos com famílias, o risco de autismo é maior entre os irmãos de indivíduos com o transtorno, dos quais 2 a 5% também apresentam a condição. Este risco é 50 a 100 vezes maior ao da população em geral.
O risco de que estes irmãos tenham filhos com autismo é desconhecido, mas parece lógico que esta probabilidade também seja maior a da população em geral.
Investigações científicas demonstram haver risco de várias alterações relacionadas ao desenvolvimento entre os familiares dos indivíduos com autismo, principalmente doenças de origem psiquiátrica, neurológica e genética, entre elas: transtornos relacionados a substâncias, transtornos do humor (afetivos), transtornos de ansiedade, transtornos de personalidade, transtornos de conduta, transtornos da comunicação, transtornos de aprendizagem, esquizofrenia, retardo mental e epilepsia.


Alguns comportamentos de autistas:





Estava atualizando a minha rede no LinkeDin e um dos grupos que eu sigo de Psicologia Clinica, encontrei esse video da turma da mônica explicando algum dos comportamentos do autista e achei bem legal, segue abaixo:



 Muitas das informações que estão nessa postagem sobre autismo foram tiradas dos sites abaixo, pois quando fui pesquisar algumas coisas para escrever achei tudo muito completo não tinha nem como alterar por isso acabei copiando muitas coisas de lá, os sites constam com mais assuntos como palestras e grupos bem interessantes para quem tiver interesse em estar aprofundando mais no assunto.


http://www.ama.org.br/site/


http://www.autismo.com.br/principal.php





domingo, 13 de novembro de 2011

Psicologia e Alzheimer

Retomando as postagens no blog!

Algum tempo venho escutando alguns desabafos de uma amiga com relação a um parente que já com uma idade avançada desenvolveu algum tempo Alzheimer. Neste final de semana estive em contato com essa amiga minha e começou a me relatar alguns sinais avançados que estão aparecendo e também a rotina diária de cada um dos membros da família para cuidar, o quanto isso altera toda a rotina.

Com isso resolvi pesquisar um pouco sobre o assunto relacionado ao sintomas do alzheimer em relação também com o cuidador.

A causa mais freqüente de demência é a Doença de Alzheimer (DA), representando 50% a 70% dos casos. A prevalência da DA após os 65anos de idade duplica a cada cinco anos. É uma doença neurodegenerativa e progressiva. A doença é caracterizada pela alteração do comportamento, do cognitivo, dos pensamentos, da memória e do raciocínio. Dividindo em 3 graus: leve, moderado e grave. Cada grau exigindo cada vez mais dos cuidados de um terceiro.
80% dos cuidados com pessoas DA são integrantes da família, mas pesquisando sobre o assunto não existe uma definição correta do que é o cuidador, encontrei definições como: 

  1. O cuidador é quem dá suporte físico e psicológico, fornecendo ajuda prática, se necessário Grafstrom, Fratiglioni, Sandman e Winblad (1992)
  2. Petrilli (1997) define cuidador como a pessoa diretamente responsável pelos cuidados do paciente - normalmente a esposa, um dos filhos ou outro parente, ou, ainda, uma pessoa contratada para a função.
  3. Garrido e Almeida (1999), o cuidador é definido como o principal responsável por prover ou coordenar os recursos requeridos pelo paciente.
A medida que os cuidados vão aumentando o cuidador passa a admnistrar as áreas financeiras, medicamentos, aumentando também os cuidados de higiene pessoal, banho e até mesmo a alimentação. Exigindo muito esforço psicológico do cuidador pois toda a tarefa fica de responsabilidade dele causando um impacto também, 46% dos cuidadores acabam procurando o serviço de saúde para tomar psicotrópicos como antidepressivos e antipsicóticos. Apresentam também uma piora na saúd física e imunológico. 60% dos cuidadores podem desenvolver sintomas físicos e psicológicos. Os sintomas físicos mais comuns são: hipertensão arterial, desordens digestivas, doenças respiratórias e propensão a infecções. Sintomas psicológicos freqüentes são: depressão, ansiedade e insônia.

Etapas que a família passa:
  1. A princípio, a família não sabe o que está acontecendo diante das manifestações de déficit do paciente, gerando sentimentos de hostilidade e irritação. Do outro lado, o paciente pode perceber as próprias deficiências, correndo o risco de deprimir-se. 
  2. À medida que a doença vai evoluindo, ocorre a busca por um diagnóstico, porém, nem sempre os familiares o aceitam rapidamente, podendo negá-lo, na tentativa de recuperar a "pessoa de antes". 
  3. Após a aceitação do diagnóstico, pode haver uma sensação de catástrofe.
  4. Podem ocorrer três posicionamentos indesejáveis entre os familiares: superproteção, evasão da realidade e expectativas exageradas com relação ao desempenho do paciente. Os parentes que fazem evasão da realidade, ou seja, negam a doença, são geralmente os que mais sofrem; já os que assumem a função de cuidador tendem a monopolizar a função, colocando-se na posição de serem os únicos a fazer as coisas e abdicam de qualquer atividade que represente uma satisfação pessoal, acabando " heroicamente estressados". Quando o paciente não reconhece mais seus familiares há um primeiro luto para a família, devido à " morte social do paciente" . O segundo luto ocorre com a morte biológica do ente querido.
Os cuidadores que tem um suporte social, que estão frequentando atividades na comunidade, que participam de grupos de apoio, tem uma melhora adaptação a função de cuidador tendo mais satisfação e um nível de estresse e depressão muito menor dos que não buscam apoio e nem informação.

Estratégias de intervenções para o cuidador:

  • Grupos de apoio;
  • Grupos psicoeducacionais;
  • Terapia familiar;
  • Terapia Individual;

Gostaria também de complementar pois muita gente desconhece os sintomas de cada etapa da doença e acha que é somente a perda de memória mas não, abaixo segue os sintomas:
1ª Fase da Doença:

  • A perda de memória de curto prazo (dificuldade em lembrar fatos aprendidos recentemente);
  • O paciente apresenta alteração no desempenho da capacidade de dar atenção a algo, da flexibilidade no pensamento e no pensamento abstrato; 
  • Perda da memória episódica (ou autobiográfica – lembrar-se do que fez no domingo, por exemplo);
  • Certa desorientação de tempo e espaço. A pessoa não sabe onde está nem em que ano está, em que mês ou que dia. Nessa fase, pode-se observar apatia, como o sintoma bastante comum.

2ª Fase - considerada como Demência inicial:

  • Aumentam a dificuldade em reconhecer e identificar objetos (agnosia) e a execução de movimentos (apraxia).
  • A memória semântica (de fatos acontecidos no mundo e história geral, significado das palavras e coisas) e a memória implícita (memória de como fazer as coisas) não são tão afetadas como a memória de curto prazo (recente) e a memória de longa duração episódica (autobiográfica ou história da própria vida);
  • Diminuição do vocabulário e dificuldade falar, que levam a um empobrecimento geral da linguagem;
  • O paciente pode parecer desleixado ao efetuar certas tarefas simples do dia-a-dia (escrever, vestir-se, lembrar de tomar a medicação etc.) devido à dificuldade de fazer a sequência dos movimentos necessários para completar uma tarefa;
  • A continência urinária e os cuidados diários com higiene precisam ser realizados junto com o paciente;
  • Os problemas de comportamento são comuns e se agravam diante de situações não familiares, cansaço, surpresas e por vezes em determinados períodos do dia (como por exemplo, no fim de tarde);
  • As atividades físicas devem ser mantidas em horários regulares, realizadas por profissional especializado, com frequência de 3 a 5 vezes por semana.
3ª Fase:

  • A degeneração progressiva dificulta a independência;
  • A dificuldade na fala torna-se evidente devido à impossibilidade de se lembrar de vocabulário;
  • Progressivamente, o paciente vai perdendo a capacidade de ler e de escrever e deixa de conseguir fazer as mais simples tarefas diárias;
  • O paciente pode deixar de reconhecer os seus parentes e conhecidos;
  • A memória de longo prazo vai-se perdendo e alterações de comportamento podem se agravar. As manifestações mais comuns são a apatia, irritabilidade e instabilidade emocional, chegando ao choro, ataques inesperados de agressividade ou resistência ao cuidado;
  • Presença de ilusões/alucinações.
4ª Fase - Fase final:

  • Completamente dependente das pessoas que tomam conta dele;
  • A linguagem está agora reduzida à simples frases ou até as palavras isoladas, levando, eventualmente, a perda da fala;
  • A agressividade ainda pode estar presente, e a apatia extrema e o cansaço são resultados bastante comuns;
  • Os pacientes podem não conseguir desempenhar as tarefas mais simples sem ajuda, tal como levar o copo à boca. Este estágio é seguido pelo término da vida, causado não pela Doença de Alzheimer, mas por outro fator externo (pneumonia, por exemplo).

sábado, 8 de outubro de 2011

SICKO - S.O.S Saúde - Michael Moore

Assisti semana passada um filme que chama SICKO - S.O.S Saúde do Michael Moore e recomendo, é um documentário fascinante sobre o sistema público de saúde dos americanos.

Por gentileza os poucos que acessam esse blog e sempre acompanham as postagens gostaria que respondesse no comentários qual a visão ou a impressão que vocês tem do sistema único de saúde (SUS) do Brasil e a visão de vocês de como deve ser o sistema público de saúde la dos Estados Unidos?

E indico este filme para vocês assistirem, assim como eu muitos vão mudar de idéia não totalmente mas muitas coisas vão mudarm em relação ao tratamento no Brasil que é oferecido de graça. Primeiro só vou fazer a indicação do filme e aguardar pelo menos algum comentário para depois eu discutir sobre o filme.



sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Curso de Autópsia Psicológica

Centro de Estudos em Psicologia Forense
Profa. Dra. Maria de Fatima Franco dos Santos
Curso: Autópsia Psicológica

Dias: 19 e 20 de Novembro de 2011 (sábado e domingo).
O curso é de 20 horas/aula, das 8:30 as 18:30.
Local: Campinas - SP


A quem se destina: estudantes e profissionais de Psicologia e Áreas Afins.

O conteúdo do curso é:

I. Histórico,
II. Conceito,
III. Aplicação da Autópsia Psicológica
1. Na Criminalística (provocação da própria morte da vítima de homicídio, na
elucidação de casos em morte duvidosa por homicídio, suicídio ou acidente e em
casos de pessoas desaparecidas),
2. Em Criminologia (perfil sócio-psicológico da vítima, reconstrução criminodinâmica
dos fatos, abordagem integral do crime, adequação de estratégias de prevenção
criminológica e o papel da vítima na dinâmica do crime),
3. No Direito Penal (tipificação de um homicídio simples ou qualificado e doloso ou
culposo e a qualificação em casos de indefesa da vítima),
4. No Direito Civil (permite estabelecer retrospectivamente a capacidade de uma
pessoa já falecida para reger-se a si mesma, administrar seus bens e tomar
decisões, no momento em que firmou documentos legais, que incluem anulação
de casamento, de testamento, inclusão de aposentadoria, cessão de propriedade
e outros),
IV. Modelo de Autópsia Psicológica Integral,
V. Utilização do método de autópsia psicológica na Perícia e Assistência Técnica.
VI. Estudos de caso.

Valor do Curso: R$ 200,00.
Inclui material e certificado.
Pré-inscrição até o dia 09 de Novembro e confirmação até o dia 11 de Novembro através
de depósito bancário (as instruções para o depósito devem ser solicitadas por e-mail:
mfafs@uol.com.br).
VAGAS LIMITADAS.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011



A Fundação Itaú Social está realizando uma campanha de distribuição de livros infantis.
Por meio do site é preciso realizar um cadastro (poucos dados). Os livros serão enviados via Correios, sem custo algum
Conheça os livros:


* Adivinha quanto eu te amo


De Sam McBratney, ilustrações de Anita Jeram


* Chapeuzinho Amarelo


De Chico Buarque, ilustrações de Ziraldo

* A Festa no Céu (Um Conto do Nosso Folclore)


Ilustrações e tradução de Angela Lago





Acesse: 
Divulguem 
Estimulem a leitura, também das crianças.
=)

domingo, 18 de setembro de 2011

Esquizofrenia


Cientistas no Brasil recriam neurônios de pacientes com esquizofrenia

 

 Esses dias estava passando no Jornal Nacional uma reportagem sobre a esquizofrenia e um estudo que estão fazendo para tentar recriar neurônios de pessoas que sofrem dessa doença. Achei bem interessante o video e resolvi postar aqui no blog, abaixo do video segue algumas informações a respeito do que é esquizofrenia entre outros itens relacionado a doença para maiores conhecimento também de que estiver acessando o blog.



 Entendendo um pouco sobre a Esquizofrenia.


No início do século XX, Eugen Bleuler, psiquiatra suíço, cunhou o termo esquizofrenia (esquizo=cindida; frenia=mente), por achar o termo anterior inadequado. Para ele, a principal característica da doença era a cisão entre pensamento e emoção, dando a impressão de uma personalidade fragmentada e desestruturada. Os pacientes não tinham necessariamente uma evolução deteriorante como na demência e muitos se recuperavam. A dificuldade de reintegração à sociedade, motivada por internações muito prolongadas e pelos poucos recursos de tratamento, aumentou o estigma e o preconceito que cercam a doença até hoje.


Quem pode ter?


A esquizofrenia acomete cerca de 1% da população mundial, independente da cultura, condição sócio-econômica ou etnia. Seu início ocorre mais comumente na adolescência ou início da idade adulto jovem (na segunda década de vida), sendo rara na infância ou após os 50 anos. Nos homens, o início é mais precoce do que nas mulheres, geralmente entre os 15 e 25 anos de idade, enquanto as mulheres adoecem mais tardiamente, entre os 25 e 35 anos.
 
 
 
 
 
 
 
Sintomas:
 
  • Os sintomas iniciais ou prodrômicos são facilmente confundidos com depressão e ansiedade. A pessoa torna-se mais introspectiva, tem a tendência de descontinuar atividades regulares, isolar-se socialmente, pode ter dúvidas existenciais ou filosóficas e tem a necessidade de buscar significados para tudo o que acontece ao seu redor. Crenças fantasiosas (delírios) e falsas percepções (alucinações) dominam a consciência da pessoa, que passa a ter dificuldades em discernir a fantasia da realidade, com alterações do comportamento que revelam um juízo crítico comprometido.  
  • Confundidos com preguiça e má vontade, os sintomas negativos são aspectos importantes na doença e que dominam o quadro crônico. A pessoa pode perder o interesse pelas atividades, ficar desmotivada, isolar-se socialmente, tem dificuldade de demonstrar seus afetos e sentimentos ou apresenta reações emocionais desconexas
  • Alterações da atenção e memória, dificuldade de planejamento e para tomar decisões são algumas das alterações cognitivas da esquizofrenia, que trazem prejuízos para o funcionamento social, como trabalho e relacionamento
  • rejeitos, tiques motores, atitude mais estabanada ou movimentos finos descoordenados são sinais neurológicos que podem estar presentes em alguns casos de esquizofrenia.
  •  Os sintomas da esquizofrenia trazem maior dificuldade para atividades como trabalho e estudo, relacionamentos, amizades e lazer, mas com o tratamento a pessoa pode melhorar e superar os obstáculos
  • Não é correto associar violência e agressividade à esquizofrenia, pois os portadores da doença não são mais violentos do que as pessoas saudáveis. Alguns comportamentos merecem destaque, como as manias de repetição, os cuidados com a higiene e a aparência e o risco de suicídio
  • Cada vez mais presente, o uso e abuso de drogas ilícitas agravam muito o curso da esquizofrenia, aumentando o número de recaídas. Drogas lícitas, como o álcool, o tabaco e a cafeína também podem prejudicar o tratamento e a saúde dos pacientes
  • A esquizofrenia pode ser classificada em subtipos de acordo com os sintomas mais preponderantes, o que pode variar muito entre pacientes. Esquizofrenia paranóide, desorganizada ou hebefrênica, catatônica, residual, simples e indiferenciada.       

Tratamento:


Existem diversas maneiras de tratamento como medicações, reabilitações, psicoterapias, internações. Mas sempre acima de tudo o doente tem que estar fazendo tratamento com medicações para poder controlar os sintomas se não, não será possivel ir adiante com o tratamento pois os sintomas impedem que haja melhoras no quadro do doente possibilitando que ele possa ter uma vida na sociedade de maneira adequada. E claro também ter o apoio e entendimento da família sobre o que é a doença e todos os aspectos relacionados a doença.


Causas:
A ciência ainda nao descobriu qual ao certo é a causa da esquizofrenia, mas sabemos que é um conjunto de fatores como o ambiente, genética, a história de vida do doente. São varioas aspectos que impossibilitam de classificar qual o real fator que desencadeia a esquizofrenia.


 O apoio da Família:

A pessoa acometida pela esquizofrenia tem grande potencial à sua frente. Precisa lutar contra as dificuldades do transtorno, é verdade. Mas pode se recuperar, vencer os obstáculos e seguir seus sonhos. Nesta batalha, precisa ter ao seu lado sua família, seus amigos, pessoas que a amem e apóiem e que, sobretudo, saibam compreendê-la. Tem a seu favor medicamentos eficazes, suporte psicológico e terapias de reabilitação capazes de ajudá-la nessa superação. Certamente contará com uma sociedade mais justa e que possa recebê-la um dia como igual.
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Para quem se interessar em estar entendendo um pouco mais sobre a esquizofrenia abaixo tem os links de onde foram tiradas algumas informações para complementar a postagem do blog:


  • http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/08/cientistas-no-brasil-recriam-neuronios-de-pacientes-com-esquizofrenia.html
  • http://www.entendendoaesquizofrenia.com.br/

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Mães Superprotetoras

Achei essa matéria na página da UOL sobre o comportamento do Léo na novela Insensato Coração e da sua mãe Wanda. Achei bem legal o posicionamento dos especialistas que participaram da reportágem. Vale a pena dar uma lida.

Mães superprotetoras podem criar canalhas como Léo, de "Insensato Coração"


  • Cena de Léo, vivido por Gabriel Braga Nunes, na novela "Insensato Coração", da Globo
Todo mundo que assiste "Insensato Coração" sabe que Léo (Gabriel Braga Nunes) é um tremendo canalha. No entanto, antes de julgar o vilão da novela global das 21h, é preciso prestar muita atenção em outra personagem da história: Wanda (Natália do Valle). Quem acompanha atentamente a trama sabe o quanto ela, com suas atitudes de mãe superprotetora, é corresponsável pelo comportamento do filho. Assim como Wanda, muitas mães pecam pelo excesso, sem perceber que o amor devotado vai transformando a criança em um adulto egoísta, competitivo e até amoral. O UOL Comportamento conversou com duas especialistas para analisar os erros cometidos por Wanda –e como eles repercutiram de forma extremamente negativa na personalidade de Léo. Situações da ficção que podem muito bem arruinar famílias na vida real.

Preferência em família = espírito competitivo deturpado

Desde que Léo e Pedro (Eriberto Leão) eram pequenos, Wanda sempre pendeu para o lado do primeiro e fez questão de lapidar as características do filho que mais gostava (e com as quais mais se identificava), como a ambição. Pedro, como era de se esperar, acabou se aproximando do pai, Raul (Antônio Fagundes). Porém, o fato de Wanda sempre enaltecer as qualidades do filho predileto (mesmo quando não havia razão para tal) fez com que Léo se tornasse excessivamente competitivo, com sede de ganhar e de sempre levar vantagem –a preferência de Wanda o levou, tempo todo, a tentar superar Pedro em tudo, ainda mais que o afastou de Raul. "Esse tipo de atitude também é prejudicial ao restante da família, pois não é raro que a mãe desautorize o pai, caso considere uma bronca ou um castigo excessivos para o seu favorito", comenta a psicóloga Suzy Camacho, de São Paulo, autora do livro "Guia Prático dos Pais" (Paulinas). O casal acaba dividido, com pai e mãe tomando partido cada um de um filho, criando uma guerra entre os irmãos.

Supervalorização do filho = mimo e soberba

Wanda sempre enxergou Léo com lentes cor-de-rosa, como se fosse perfeito. Cada qualidade sua –beleza e inteligência, por exemplo– era destacada ainda mais, o que fez com que Léo acreditasse ser superior às outras pessoas. Já os defeitos –falta de compaixão ou propensão a mentir– eram minimizados, o que sempre provocou conflitos com o pai e o irmão na trama. "Ela se esforçou a vida inteira para que o filho transmitisse outra imagem, a que ela idealizava", diz a psicóloga Suzy Camacho. Sob o aval da mãe, Léo se tornou um monstro de autoconfiança e soberba. Para Sônia Fuentes, doutoranda em Psicologia Clínica e mestre em Gerontologia pela Pontifícia Universitária Católica de São Paulo (PUC-SP), não é raro que um filho mimado se transforme em um adulto egoísta –e, tal qual um bebê, é imediatista e quer seus desejos atendidos na hora.  "A infância não pode significar receber sempre tudo que se quer, e sem esforço algum, como um bebê que, ao chorar, geralmente recebe não só o leite, mas o afeto junto. Se a mãe continua com a dinâmica de dar sempre tudo pronto e ignora a possibilidade do crescimento do filho, ela acaba prejudicando-o. A criança que recebe tudo prontamente vai querer sempre receber", explica Sonia. Segundo a especialista, ao longo da infância, a criança precisa aprender a experimentar frustrações para alcançar um dia a independência. Aprender que o mundo não gira ao seu redor e que a vida nem sempre vai lhe dar tudo aquilo que desejar. Se não internaliza isso, pode virar um adulto tirano.

Erros acobertados = ausência de limites

Passar a mão na cabeça de um filho que comete um erro é a pior coisa que uma mãe pode fazer, mesmo que ela acredite piamente que está poupando a criança de algum sofrimento. Wanda nunca puniu ou castigou Léo –e não estamos falando, aqui, de represálias físicas ou radicais. Ela nunca ensinou a ele o peso da consequência. Assim, cada delito foi varrido para baixo do tapete e escondido do pai, que nunca teve a chance de tomar uma medida adequada. "Quando a mãe acoberta um erro do filho, ele acaba se tornando reincidente. Na vida adulta, torna-se uma pessoa sem limites, capaz de tudo. E com muita autoconfiança, pois acredita que sempre vai dar um jeitinho em qualquer situação", afirma a psicóloga Suzy Camacho.

Supervalorização das aparências = perfil interesseiro e egoísta

De acordo com a psicóloga Suzy Camacho, até os sete anos de idade a criança aprende tudo pelo aspecto concreto, ou seja, mais vale o que ela vê do que o que ela ouve. Dessa forma, se a mãe tem uma forte ligação com a imagem, por exemplo, há uma tendência de ela também desenvolver isso. Em “Insensato Coração”, a trajetória de Wanda a coloca como uma mulher obcecada pelas aparências. Léo aprendeu a lição com a mãe: cresceu um sujeito interesseiro e egocêntrico. "Torna-se egoísta aquele que pensa que o mundo gira em torno de si, e se esquece que existem outras pessoas que também necessitam de bens materiais, mas, principalmente, de afeto, carinho e ajuda. Os pais devem incentivar os filhos sempre a compartilhar brinquedos ou roupas, por exemplo. Entender que algumas coisas podem ser doadas, pois ajudarão outras pessoas", afirma Sônia Fuentes.

Falta de ética  = amoralidade

Segundo a psicóloga Sônia Fuentes, a partir do momento em que a criança incorpora regras e começa a se adaptar ao mundo, vai tendo que acatar princípios morais para sobreviver. "Para viver em sociedade, precisamos de regras e valores morais, caso contrário, a vida em grupo se torna até perigosa", diz. Léo, porém, já nasceu com traços de psicopatia. “Estudos recentes de neurociências observaram que a área das emoções, como a empatia, é menos ativada nos cérebros de pessoas com transtornos emocionais, como os psicopatas”, diz a psicóloga Suzy Camacho. Se a criança cresce em um ambiente amoroso, feliz, com pais que investem em um relacionamento harmônico, a tendência pode ser sobrepujada. "O ambiente faz toda a diferença",  afirma Suzy. Wanda, com seu método peculiar e equivocado de disciplina e educação, ajudou Léo a colocar em prática suas características malignas. Na novela, a personagem Wanda nunca tentou transmitir ao filho valores como a generosidade ou honestidade. Ao contrário: ensinou Léo a ganhar a vida se aproximando das pessoas que lhe trouxessem algum benefício.

http://estilo.uol.com.br/comportamento/ultimas-noticias/2011/08/19/maes-superprotetoras-podem-criar-canalhas-como-leo-de-insensato-coracao.htm

domingo, 28 de agosto de 2011

27 de Agosto dia do Psicológo.



Dia 27 de Agosto - Dia Do Psicológo.


Gostaria de parabeniza-lo a todos os Psicológos formados e os que estão na batalha diária estudando praticamente 5 anos alguns começando agora outros se formando também merecem os parabéns por esse dia. Assim como todos os professores também que nos ensinam a cada dia uma teoria nova, um aprendizado novo e que está sempre trocando suas experiências conosco.


Parabéns a todos e que usem a sua profissão da maneira correta para podermos fazer a diferença e conquistar mais um espaço no campo profissional sendo reconhecido com dignidade e respeito. 


Oração do Psicológo.

Senhor,
Só Você conhece em profundidade a criatura humana
Só Você é verdadeiro psicólogo.
Contudo, Senhor, aceite-me como seu ajudante.
Ensine-me as técnicas, oriente-me para não errar,
E quando eu falhar - sei que isso acontecerá -
venha depressa, Senhor, sanar o mal que fiz.
Dê-me um entranhado amor e respeito
pela criatura humana.
Não permite que a rotina, o cansaço
torne-me frio e indiferente ao outro.
Dê-me bastante humildade para aceitar meus erros,
perdoa as ofensas e ajuda-me a
atribuir os êxitos a Você.
Que no fim de cada dia, ao fazer minha revisão,
eu possa dizer em verdade:
Hoje fiz tudo quando dependeu de mim para
ajudar ao meu irmão.

Obrigado, Senhor!


Grande abraço a todos do Psico Mundo.

sábado, 6 de agosto de 2011

Anorexia ou "Ana"








Diferente de Bulimia em que a pessoa come exageradamente e depois provoca o vomito como uma sensação de culpa ou outros meios de laxantes para que seja eliminado tudo que foi ingerido. A anorexia é o contrário a pessoa praticamente não ingere nada, ou quando come algo é muito pouco e alimentos de baixas calorias, chegando até vários dias sem comer ingerindo somente liquidos. Muito das pessoas que sofrem desse transtorno alimentar são magras pesando até mesmo abaixo do esperado mas mesmo assim elas se sentem gordas tendo uma distorção da imagem corporal e continuando a usar de métodos de regime para evitar calorias. Aos olhos dos outros que estão ao redor está tudo normal, mas para o anorético ele está  gordo e precisa emagrecer convencendo a todos, mas sempre se recusando a procurar um especialista. Assim como a bulimia a anorexia também atinge muito dos jovens na adolescencia geralmente mulheres mas existem homens também que sofrem de anorexia.


Como se Desenvolve:

A preocupação com o peso e a forma corporal leva o adolescente a iniciar uma dieta progressivamente mais seletiva, evitando ao máximo alimentos de alto teor calórico. Aparecem outras estratégias para perda de peso como, por exemplo: exercícios físicos excessivos, vômitos, jejum absoluto. Isola-se da família e dos amigos, ficando cada vez mais triste, irritada e ansiosa. Dificilmente, a pessoa admite ter problemas e não aceita ajuda de forma alguma. A família às vezes demora para perceber que algo está errado. Assim, as pessoas com anorexia nervosa podem não receber tratamento médico, até que tenham se tornado perigosamente magras e desnutridas. 

Causas:
Não existe uma causa única para explicar o desenvolvimento da anorexia nervosa. Essa síndrome é considerada multideterminada por uma mescla de fatores biológicos, psicológicos, familiares e culturais. Alguns estudos chamam atenção que a extrema valorização da magreza e o preconceito com a gordura nas sociedades ocidentais estaria fortemente associada à ocorrência desses quadros. 

O que sente:

Perda de peso em um curto espaço de tempo.
Alimentação e preocupação com peso corporal tornam-se obsessões.
Crença de que se está gordo, mesmo estando excessivamente magro.
Parada do ciclo menstrual (amenorréia).
Interesse exagerado por alimentos.
Comer em segredo e mentir a respeito de comida.
Depressão, ansiedade e irritabilidade.
Exercícios físicos em excesso.
Progressivo isolamento da família e amigos.

Complicações médicas:
 
Desnutrição e desidratação.
Hipotensão (diminuição da pressão arterial).
Anemia.
Redução da massa muscular.
Intolerância ao frio.
Motilidade gástrica diminuída.
Amenorréia (parada do ciclo menstrual).
Osteoporose (rarefação e fraqueza óssea).
Infertilidade em casos crônicos.

Tratamento:
O tratamento é feito em conjunto com Psicólogos, Nutricionista, Psiquiatras, Médicos, entre outros profissionais da saúde identificando a gravidade do problema e requerendo a internação da paciente.
O primeiro passo é a recuperaçao do peso corporal gradativamente e reeducação alimentar com apoio psicológico.  A psicoterapia de base comportamental-cognitivo ou terapia familiar tem muito avanço nesses casos ajudando o paciente a reestruturar seus pensamento e reeducando para que coma de forma funcional sem ter distorções da imagem corporal. O tratamento tem um tempo longo não é algo imediato, mesmo depois de recuperado deve se continuar em tratamento para que não ocorra recaídas.
Trabalhar com a familia também é bem interessante até mesmo para orientação do que é um trasntorno alimentar, o que causa, o que acontece com organismo da pessoa, como a pessoa se sente, o apoio que ela precisa para se reestabelecer.

De que forma conseguimos prevenir esse mal que acomente muito das adolescentes, a sociedade junto com a ditadura da beleza que a mídia divulga é um mal enorme. Todos os anos morrem várias modelos por causa de anorexia tudo por causa das exigências de um corpo bonito para ganhar dinheiro. Tem que exisitr uma diminuição nessa mídia nessa sociedade de que somente corpo bonito é que faz sucesso. Um orientação do mal que faz adotar regimes extremos, prejudicando a própria saúde.


domingo, 24 de julho de 2011

Mia!

Conforme dito na postagem anterior, que o próximo assunto seria sobre a Bulimia, assim sendo vamos dar ínicio ao tema que embora seja comum mas muita gente ainda desconhece, por incrivel que pareça. 

A Bulimia ou Mia como muitos chama para tentar disfarçar, se buscarmos em comunidades de sites de relacionamento como famoso orkut, encontramos muitos depoimentos de pessoa retratando a bulimia como uma amiga com nome de "mia" não é tão díficil encontrar esses depoimentos, pois na net existem sites em que pessoas compartilham idéias e pensamentos a respeito.
Mas vamos falar pouco sobre a bulimia, que é um transtorno alimentar que acomente tanto em mulheres de perfil mais jovens como homens também, embora pouco divulgado mas homens também sofrem de bulimia. Esse transtorno alimentar é uma ingestão excessiva de alimentos compulsivamente de forma secreta as vezes seguido por métodos compensatórios como vômitos autoinduzidos, diuréticos, atividades físicas excessivas tudo para manter o peso e não engordar. É dificil detectar tão logo esse transtorno. O diagnóstico de bulimia nervosa requer episódios com uma frequência mínima de duas vezes por semana, por pelo menos três meses. A fobia de engordar é o sentimento motivador de todo o quadro. Esses episódios de comer compulsivo, seguidos de métodos compensatórios, podem permanecer escondidos da família por muito tempo.


A bulimia nervosa acomete adolescentes um pouco mais velhas, em torno dos 17 anos. Pessoas com bulimia têm vergonha de seus sintomas, portanto, evitam comer em público e evitam lugares como praias e piscinas onde precisam mostrar o corpo. À medida que a doença se desenvolvolve, essas pessoas só se interessam por assuntos relacionados à comida, peso e forma corporal.

Mas devemos nos perguntar o que causa a bulimia o que faz uma pessoa a ter essas atitudes de comer excessivamente e depois vomitar? 

É uma causa de multifatores biológicos, psicológicos, familiares e culturais. A ênfase cultural na aparência física pode ter um papel importante. Problemas familiares, baixa autoestima e conflitos de identidade também são fatores envolvidos no desencadeamento desses quadros. 

Métodos de controle de peso:

  • Jejum;
  • Vômitos autoinduzidos;
  • Atividades físicas em excesso;
  • Laxantes;
  • Enemas;
  • Diuréticos.

Mas não para por aí, além de todo processo de externaliza o que foi ingerido de alguma forma para evitar o ganho do peso corporal, existe também depois de um tempo as complicações que podem começar a dar sinais como por exemplo:
  • Inflamações na garganta (inflamação do tecido que reveste o esôfago pelos efeitos do vômito);
  • Face inchada e dolorida (inflamação nas glândulas salivares);
  • Cáries e lesão sobre o esmalte dentário. Desidratação;
  • Desequilíbrio eletrolítico;
  • Vômitos com sangue;
  • Dores musculares e câimbras.
Mas calma, existe tratamento! 

A abordagem multidisciplinar é a mais adequada no tratamento da bulimia nervosa, e inclui psicoterapia individual ou em grupo, farmacoterapia e abordagem nutricional em nível ambulatorial. Uma abordagem na psicologia que se tem mostrado muito eficiente é abordagem comportamental-cognitivo. A abordagem nutricional visa estabelecer um hábito alimentar mais saudável, eliminando o ciclo "compulsão alimentar/purgação/jejum.
Mas também é importante o esclarecimento para a família do que é a bulimia como causa, complicações, como funciona, o que a pessoa sente, todo esclarecimento pois tem muitos pais que acham que isso é uma fase do(a) filho(a) ou alguma frescura e quando vai se dar conta já está em estado avançado aí já pode ser tarde demais. Então uma terapia familiar ou aconselhamento também e essencial para ajudar no tratamento do paciente.

Obs: Bulimia = mia, vomitar = miar. Algumas palavras que aparecem em blogs, sites, girias de quem sofre deste transtorno utilizam.


Segue alguns comentários que encontrei nas comunidades de pessoas que tem bulimia, não coloquei identificação por questões éticas e sigilo.

"olha eu comecei a ter bulimia qdo tinha 14 anos...dai engravidei c 15...depois disso fiquei me sentindo uma bola..jah c 16 anos voltei novamente na bulimia e até os 21 eu ainda tinha (tenho 22 hj) entao..fazia quase um ano e alguns meses q eu não fazia nda dessas lokurinhas..cheguei ao extremo tomei ate detergente p dar vontade de vomitar..na metade do ano passado tomei sibutramina..emagreci 7 kg em 15 dias..mas começou a fzer mal..tive taquicardia...fiquei c cara de doente...fiquei horrivel..mas eu tava feliz pq tava emagrecendo mto rapido,ai um dia desmaei e fui parar no hospital ai o médico disse q se eu nao parasse c o remedio iria morrer..detalhe eu consegui uma receita c um amigo q é clinico geral..enfim hj tô aki p compartilhar c a amiga ai de cima e c tds aki minha aflição..pois axei q tinha superado,q tava tdo bem,mas hj me deu uma vontade incontrolavel de miar,ai não quero voltar a aquele inferno,gte eh horrivel,só quem teve p saber..a gte fika dependente daquilo,como se fosse uma necessidade diaria,meu Deus é terrivel,a garganta chega a ficar tda machuca e vc ta lá se matando de tanto miar..mas tem pessoas q não nos entendem,axam q fazemos isso por frescura,mas não é não,queremos sair disso..mas como? se qdo achamos q estamos bem essa maldita volta c mais força..."

"Me sinto enorme.
Não sei se é coisa da minha cabeça, mas como a menina do tópico disse...Parece que seu corpo se "acostuma" a vomitar, e você simplesmente NÃO CONSEGUE comer como uma pessoa normal.
Eu pelo menos, ataco tudo que tem na cozinha... As vezes como até mais, para facilitar o vômito (eu odeio quando como alguma coisa, e é difícil de vomitar, parece que não sai... alguém tbm?)
Quando não mio, parece que engordo milhões de quilos.
EU SEI, EU SEI, que o metabolismo se torna mais lento, SEI que destrói os dentes... Mas as pessoas não ENTENDEM que isso é como se fosse um vício. Por mais que você saiba que faz mal, você não consegue parar.
As vezes eu choro, me sinto um lixo... Penso : Por que eu faço isso? Por que eu não consigo me controlar? E por que eu simplesmente não posso ser uma pessoa normal, satisfeita com o corpo, e com um corpo "normal"? Sem nóias, preocupação se vai engordar ou não...
É um INFERNO!"

terça-feira, 19 de julho de 2011

Obesidade

Aproveitando o gancho da postagem anterior sobre obesos, vou retratar aqui um pouquinho sobre essas pessoas que sofrem de obesidade.

Logo pensamentos, obesos, aquelas pessoas gordas enormes, que só sabem comer o dia inteiro. Sim a princio é exatamente isso o que aparenta, mas vamos tentar olhar um pouco através disso, como futuros psicólogos vamos tentar ver com outros olhar.

Nada acontece a toa, ninguém começa a comer compulsivamente a ponto de engordar vários quilos, as vezes as pessoas tentam satisfazer algum estresse, um relacionamento mal resolvido ou qualquer outro tipo de sofrimento ou problemas comendo várias vezes ao dia de forma exagerada, mas eles comem enquanto tiver comida na frente eles continuam comendo, essa é a diferença.

Levando a problemas de saúde até mesmo graves dependendo do caso como também problemas de coração levando as vezes até a morte. Então se você leitor conhece pessoas com obesidade, tente ajuda-la faazendo buscar ajuda psicólogica porque as vezes o problema dela comentar tanto assim é algo que não esta resolvido de forma adequada e existe uma tentativa de esquiva ai na comida e o quanto antes isso for controlado melhor será o resultado, pois no começo tudo fica mais fácil de tomar providências.

Próximo postagem: Bulimia

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Obesidade - Universidade de Guarulhos

Para divulgar....
 
Programa gratuito para atendimento à obesidade Inscrições abertas para os programas de atendimento a obesos adulto e infantil coordenados pela Universidade Guarulhos (UnG). Visando estimular o emagrecimento saudável, profissionais da Instituição promovem ciclos de atividades envolvendo as áreas de nutrição, educação física, psicologia, fisioterapia e enfermagem.
Os interessados em se inscrever ou fazer o mesmo pelo filho podem ligar para 0800 15 88 22; ou enviar e-mail com nome completo, telefone de contato, peso e altura para o endereço paddac@ung.br. O único pré-requisito é estar acima do peso. O prazo encerra-se em 08 de julho.

O Goami é voltado a crianças entre 07 e 10 anos de idade. Os encontros acontecem apenas da Unidade Guarulhos-Centro da UnG. Já o Goam tem inscrições abertas para atividades em Guarulhos, I taquá e Arujá.

Os participantes receberão acompanhamento gratuito durante três meses. Nesse período, são orientados a escolher melhor os alimentos, aprendem técnicas de exercícios físicos e descobrem se o aumento de peso está atrelado a algum problema de origem psicológica. Para quem não emagrecer ou se sentir inseguro tem a opção de seguir o tratamento no grupo de manutenção, também gratuito.

Fonte: Universidade de Guarulhos

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Transtornos Mentais e a Violência

Bom conforme eu disse na postagem abaixo sobre o simpósio Bairral em Itapira-SP que iria comentar algumas coisas que foram abordados na palestra para quem não teve a oportunidade de ir. Então vamos lá!

Primeiramente gostaria de falar o quanto foi aproveitoso estas palestras que tiveram, realmente valeu a pena ter ido, acordado super cedo pra chegar no horário de abertura! enfim valeu cada minuto. Quem tiver a oportunidade de ir em algum outro momento que tiver novamente vá com total segurança pois vale a pena sim, do começo ao fim.

A primeira palestra que tivemos retratou sobre os transtornos mentais e a violência, com o Dr. Daniel Martins de Barros, excelente palestrante, com ótimos conhecimento e que transmite de uma maneira bem tranquila, compreensível e dinâmica.




Bom todos nós já tivemos algum episódio de ouvir a seguinte conversa quando se trata de doentes mentais ou de alguma visita a um hospital psiquiátrico ou até mesmo de ir na casa de alguém que tenha uma pessoa com transtorno mental seja la qual for:

- A mas fulano tem transtorno mental ele é perigoso, não quero que você vá na casa dele;
- Nossa você viu tal acidente que teve era porque fulano era doente mental;
- A mas você vai trabalhar num hospital psiquiátrico, não quero, só tem doente mental agressivo lá, pode acontecer alguma coisa com você....

E por aí vaí né.... acredito que alguém já tenha ouvido isso ou de um amigo ou até mesmo de familiares, mas não é bem assim que funciona gente, vamos parar pra analisar os seguintes fatos:

- Toda a nossa crença de que são violentos parte em si é devido a mídia, pois a maioria dos filmes que retratam a doença mental eles associam com algum episódio de violência, na tv a mesma coisa retratam la na novela paciente com transtorno mental logo colocam algum episódio de violência... mas 90% não são violentos existem sim de 3 a 5% de crimes que ocorrem de pacientes graves, mas é uma parcela muito pequena em relaçao aos doentes mentais, a maioria não tem relação com a violência com o crime.


- Vamos também entender alguns dos motivos que levam a violência: maior estigmatização, mais vergonha pelo diagnóstico, menor busca de tratamento, maior risco de cronificação, aumentando assim os riscos psiquicos, falta do controle deles levando a uma violência. Pois então galera quem tem parente com transtorno, conhecidos ou até mesmo amigos, seja la qual for o grau de relação que tem com a pessoa, não rotulem, não vamos estereotipar pessoas doentes mentais, pelo contrário vamos buscar maneiras de ajudar essas pessoas a buscarem o tratamento seguirem corretamente, vamos informar a família alguém responsável pela importancia do tratamento e educar aos outros para que não rotulem, não discriminem. Por que assim como eles sofrem a agressão sendo minimo os casos que isso acontece, mas eles também podem serem agredidos, 25% deles sofrem agressão por parte de outros no ano. Até mesmo por que a maioria das agressões e crimes que são cometidos são por pessoas sem transtorno mental.



quinta-feira, 30 de junho de 2011

Violência e Doença Mental



































www. bairral.com.br

Palestrantes:

Prof. Dr. Daniel Martins de Barros
Prof. Dr. Renato Luiz Marchetti
Dr. Ivan Capelatto
Profa. Dra. Adriana Fiszman
Profa. Dra. Sandra Scivoletto
Dr. José Gallucci Neto


Pena que as inscrições já se encerraram pois são temas interessantes que vão ser abordados. Mas estarei lá para conferir galera e com certeza repassarei depois aqui no blog as informações.  
Acontecerá neste sábado dia 02/07 durante o dia inteiro em Itapira-SP no Instituto Bairral de Psiquiatria.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

III JORNADA DE ANALISE DO COMPORTAMENTO - BAURU - SP

http://www.jacbauru.com.br/


Estudantes e formados que se interessarem pela abordagem comportamental, segue o link de uma jornada de analise do comportamento, que acontecerá em Bauru nos dias 19 a 21 de agosto 2011, em Bauru-SP, com diversos profissionais com palestras, exposições, mini-cursos bem interessantes e com o preço bem bacana também para os estudantes.

Minicursos confirmados!

1. MARIA DE JESUS DUTRA DOS REIS: “A Psicose na clínica comportamental: Análise funcional e Intervenção.”
2. GIOVANA DEL PRETTE E MARCIO ALLEONI MARCOS: “Orientação Profissional Analítico-Comportamental”
3. MARIA CRISTINA OLIVEIRA MIYAZAKI e NELSON VALÉRIO: “O Psicólogo em Instituições de Saúde”
4. YARA NICO e DENIGÉS REGIS NETO: “Comportamento Verbal e Clínico Análitico Comportamental”
5. ANA CARINA STELKO PEREIRA E SIDNEI PRIOLO FILHO: “Maus-tratos infantis e bullying: Como previnir?”
6. MARCIA KAMEYAMA e VICTOR MANGABEIRA: “Psicoterapia analítica funcional: da prática clínica à supervisão.”



quinta-feira, 16 de junho de 2011

Uso de Jaleco fora do exercício profissional está proibido por lei

O uso de jalecos, aventais e outros equipamentos de proteção individual (EPI) fora do ambiente de trabalho foi proibido no Estado de São Paulo por lei publicada ontem, dia 9, no Diário Oficial do Estado.
A Lei nº 14.466 impõe multa no valor de R$174,50 a quem desrespeitar a proibição, que está em alinhamento com a Norma Regulamentadora 32 do Ministério do Trabalho, publicada em 2005. De acordo com seu artigo 32.2.4.6.2, “os trabalhadores não devem deixar o local de trabalho com os equipamentos de proteção individual e as vestimentas utilizadas em suas atividades laborais”.





As vestimentas de proteção podem servir de ponte de contaminação entre o ambiente interno e o ambiente externo ao trabalho, pondo em risco a saúde tanto de quem está dentro como de quem está fora do ambiente. A reincidência no delito será punida com multa em dobro.