Entendemos a dificuldade de aprendizagem como aquela que é apresentada ou percebida no momento em que a criança inicia no ensino formal. Além do fator educação, do qual conhecemos da realidade nossa no Brasil e as dificuldades nos recursos de capacitação e treinamentos para os profissionais da área da educação, como professores, monitores, etc.
Visto que há uma variável que é a dificuldades de comportamento e emocional, por sua vez, influencia nos problemas acadêmicos, afetando os sentimentos e comportamentos da criança. Dificuldades de aprendizagem são vistas como uma condição de vulnerabilidade psicossocial, a criança pode desenvolver sentimentos de baixa estima e inferioridade.
Na adolescência o fracasso escolar persistente traz o risco de desadaptação psicossocial, como:
1. Abandono escolar,
2. Levando ao subemprego,
3. Probabilidade aumentada de afiliar-se a grupos marginalizados
4. Oportunidades restringidas.
5. Envolvimento com drogas
6. Incidentes criminais
7. Conflitos intensos de relacionamento
Porém vale lembrar que nem todos segue essa desadaptação, há minorias que possuem bom relacionamento e oportunidades, mas minoria.
A dificuldade de relacionamento é uma variável que aumenta a vulnerabilidade do adolescente com problemas na aprendizagem, dada a importância dos relacionamentos com os pares nessa fase do desenvolvimento. Por outro lado, a família e as relações parentais também afetam a vida dos adolescentes, pois os sentimentos de apego, nesta fase, devem estar seguros para promover a competência social com os pares, ajustamento emocional, autoestima e menor dependência do suporte externo.
A forma como os pais encaram a paternidade e as práticas educativas que utilizam, fazem parte deste processo, que sofre a influência de diversas variáveis como características dos próprios pais, características dos filhos, contexto social, expectativas de pais e filhos, história prévia dos pais enquanto filhos, entre outras. A interação destes fatores leva a práticas parentais que agem, direta ou indiretamente, nos comportamentos, sentimentos e habilidades dos filhos.
Comportamentos agressivos apresentados na infância permaneceram no período de adolescência, porém mais intensos. Adolescentes que apresentam maior estabilidade da agressividade pertenciam a famílias que haviam passado por adversidades ambientais e/ou famílias que adotaram práticas educativas mais autoritárias, não promovendo o autocontrole em seus filhos. Adolescentes que vêm de ambientes familiares inadequados, com práticas inefetivas, aparecem como menos populares, menos aceitos pelos pares e com maior probabilidade de dificuldades no ajustamento sócio-emocional e acadêmico.
Com o passar dos anos de escolaridade dos filhos, os pais passam a monitorá-los menos, o envolvimento adequado dos pais com a escolaridade deles, promove não só o envolvimento dos filhos com esta, como também um melhor rendimento escolar e bom nível de autoestima A valorização, o engajamento e o encorajamento dos pais com relação à escolaridade deles, promovem a motivação intrínseca para o aprendizado, e parecem associados ao maior grau de iniciativa dos filhos em sala de aula.
Em contrapartida, pais que não se envolvem, não se engajam com a escolaridade dos filhos ou cobram de maneira excessiva geram um baixo nível de motivação intrínseca e um alto nível de motivação extrínseca, sendo que estes adolescentes têm baixa iniciativa em sala de aula.
Entre as variáveis que parecem interferir diretamente nas práticas educativas temos:
1. Dificuldades econômicas,
2. Dificuldades conjugais,
3. Psicopatologias parentais,
4. Estressores do dia-dia, entre outras.
Estas variáveis, que agem como pressões na vida familiar, influenciam de diferentes maneiras em cada fase do desenvolvimento dos filhos quanto maior o número de variáveis que agem de forma negativa sobre o ambiente familiar, práticas educativas e filhos, maior a vulnerabilidade dos filhos e probabilidade de apresentarem problemas de ajustamento e desempenho.
Tais dificuldades podem expressar-se de forma internalizada ou externalizada. As crianças que apresentam pobre desempenho escolar e atribuem isso de forma interna, apresentam sentimentos de:
1. Vergonha,
2. Dúvidas sobre si mesmas,
3. Baixa estima
4. Distanciamento das demandas da aprendizagem, caracterizando problemas emocionais e comportamentos internalizados.
Aquelas que atribuem os problemas acadêmicos à influência externa experimentam sentimentos de:
1. Raiva,
2. Distanciamento das demandas acadêmicas,
3. Expressando hostilidade em relação aos outros.
4. Frustração,
5. Inferioridade,
6. Agressividade diante do fracasso escolar.
As crianças que apresentam dificuldades comportamentais além de dificuldades de aprendizagem podem apresentar um autoconceito mais negativo do que aquelas que apresentam apenas dificuldades de aprendizagem.
Este autoconceito mais negativo se justificaria pelo fato de essas crianças receberem um feedback negativo do ambiente, não só em relação ao domínio acadêmico, mas também em relação ao domínio social, estudantes que apresentam dificuldade no início da escolarização tendem a apresentar declínio no progresso acadêmico e aumentando os comportamentos mal adaptativos ao longo do tempo.
Bruna Valentim dos Santos
Psicóloga Clínica
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