Definição de termo reconstituída = pais separados de seus primeiros cônjuges (oficial ou não-oficialmente) e atualmente mantêm uma relação estável com outro(a) companheiro(a), coabitando em domicílio conjugal na companhia de seus filhos do primeiro casamento.
O adolescente vê o mundo multiplicado em suas dimensões, seus sonhos e fantasias refletem em um imenso e eterno universo. Ter o equilíbrio entre o real e o imaginário é a tarefa mais importante desta fase do ciclo de desenvolvimento, onde também a família desempenha uma função de importância crucial.
O contexto onde o adolescente está inserido é o que determina e estrutura e complementa, seu processo de crescimento. As experiências construídas na família, na escola, no bairro e em todos os outros círculos sociais, é que contribuirão diretamente para sua formação enquanto adulto, fazendo-o capaz de tomar decisões, relacionar-se, trabalhar, escolher um cônjuge, etc.
A família é o palco onde entram em cena, às vezes de forma dramática, o mínimo de afeto, prazer, dor, medo, e tantas outras emoções que favorecem o mais inesquecível dos aprendizados. O adolescente em um ambiente que está em processo de modificação, muitas vezes é agravar/aumentar as crises inerentes a fase da adolescência.
A família passou por transformação, antes o pai-marido era o provedor e a mãe-esposa era a cuidadora, porém atualmente há muitas trocas de papéis e até mesmo mães-esposas que comandam a casa. A troca deste cenário implica em mudanças importantes na vivência, percepção e construção que o adolescente faz de seus aspectos sócio-afetivos e projetos de vida.
Os adolescentes vivenciam a separação de seus pais como um choque, como algo doloroso e angustiante. Além dos problemas que estes sujeitos podem apresentar com respeito às suas relações interpessoais, estes efeitos também podem estar associados a um casamento precoce ou medo quanto ao seu futuro casamento.
Aparece a relutância em aceitar os novos parceiros dos pais, o que, algumas vezes, se deve ao medo de começar a gostar destas novas pessoas e voltar a perdê-las, caso elas desfaçam o relacionamento conjugal. Por outro lado, o jovem também sente-se ameaçado e enciumado pelo fato de ter seus pais menos disponíveis para ele. Nesta mistura de sentimentos, o fato de refazer-se o vínculo conjugal de um de seus progenitores, também faz diminuir a esperança do adolescente em ver seus pais unidos novamente
Poucos se sentem aliviados com a decisão do divórcio, pois, para eles, isto significa a perda de apoio e proteção e é somente com a maturidade que irão considerar a separação dos pais como algo necessário.

Algumas crianças amadurecem mais cedo, pois recebem responsabilidades adicionais na falta da convivência de um dos progenitores, têm maior independência e, conseqüentemente, aumenta o seu poder de decisão.
Também tem aquelas crianças/adolescentes que sentem-se muito melhor com a separação e novas uniões, do que um casamento infeliz que proporciona muitas tensões e desconfortos dentro da família.
Algumas pesquisas comparativas entre filhos de famílias divorciadas e famílias originais revelam que:
- existem mais problemas de ajuste psicológico e social nos filhos de famílias divorciadas do que nos de famílias originais.
- ainda que os adolescentes de famílias divorciadas apresentem atitudes de amor para com seus pais, os de famílias originais tendem a ser mais carinhosos.
Por outro lado, nota-se que as conseqüências do divórcio nos filhos estão diminuindo, à medida que este está se tornando, a cada dia, mais comum e aceitável.
Assunto bastante delicado, já que não existe idade certa e nem momento certo para pais se separarem, já que estes são as figuras de referências dos filhos.
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Bruna Valentim dos Santos
Psicóloga Clínica
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Jd Piratininga - Limeira-SP