Olá a todos....
Mesmo depois de 1 semana da tragédia ocorrida em Santa Maria-RS, gostaria de deixar aqui os meus sentimentos a todas essas famílias, que perderam algum ente querido e até mesmo aos amigos que perderam muito de seus companheiros. Foi um fatalidade que não tem palavras para ser comentado.
Mas por outro lado fico tentando encontrar respostas para como essas famílias devem estar em momentos atuais, lembrando que algumas delas falaram "tchau, boa noite, vai com Deus ou até mesmo boa festa" entre outros comentários que os pais fazem quando os filhos vão sair de casa e de repente, não retornaram mais para casa, apenas em sentimento e lembranças, deixando uma vida inteira pela frente. Não tem palavras para confortar tal familiares, fico pensando na posição de Psicóloga, tentando se colocar no lugar do outro, a famosa Empatia que aprendemos na faculdade ao longo do curso, o quanto isso seria possível para dar uma assistência aos familiares.
Não é algo que se espera como uma doença, uma idade avançada..... tento imaginar como deve ser daqui para frente dessas pessoas, a vida delas, a elaboração do luto desses familiares, pois não é nada fácil lidar com a elaboração do luto assim de repente, sem ser esperado. Em um tópico bem antecedente a este, em que tratamos a respeito do luto, para quem se interessa relata bastante itens interessante a respeito.
Lendo a respeito das tragédias, existe um serviço 24h de Psicologia que está ocorrendo na cidade e em entrevista para o jornal a Psicóloga Maria de Fatima Fischer, comentou o seguinte a respeito do luto, de forma breve mas essencial:
"É esperado que as pessoas gritem, briguem, enlouqueçam nessa hora. As pessoas têm que não dormir ou não comer por um tempo até que a coisa possa ser melhor resolvida", diz.
Segundo ela, no entanto, outras pessoas atingidas podem desenvolver estados de luto que podem durar anos e que envolvem também uma depressão física, com distúrbios alimentares e de sono.
"Um mecanismo importante para outras é negar a morte, mas isso fica represado e vai aparecer em algum momento."
Para lidar com estas situações, as equipes desenvolveram estratégias para auxiliar familiares e amigos durante os enterros e velórios.
"É importante para a maioria das pessoas que elas vejam o corpo para que possam concretizar que aquilo aconteceu. Então, houve famílias que chegaram quando os caixões já estavam fechados, e nós abrimos. Algumas pessoas precisam viver isso, se não parece que aquilo não aconteceu."
A psicóloga afirma ainda que é necessário criar eventos na cidade que, de alguma forma, se coloquem "contrários" à tragédia. Ela cita como exemplo a marcha organizada na última segunda-feira em que milhares de pessoas vestidas de branco carregaram flores e cartazes com fotos das vítimas do incêndio.
"É uma resposta de solidariedade contra a solidão, as pessoas começam a sentir que a dor é compartilhada. Os símbolos de luto nas lojas e casas também ajudam neste sentido."
E é assim que tudo vai se voltando ao normal... no tempo de cada um....
Abraços.
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